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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
VAPORES & VAPOZEIROS – UMA GRANDE OBRA NA HISTÓRIA DO VALE
Os escritores piraporenses Domingos Diniz, Ivan Bandeira da Mota e Mariângela Diniz lançaram, na sexta-feira 5, em Pirapora, o livro Rio São Francisco: Vapores & Vapozeiros. O evento foi à altura da obra, com a presença de velhos vapozeiros, oficiais da Marinha sediados na Capitania, em Pirapora, prefeito municipal e secretários, e um grande número de pessoas da sociedade piraporense e de outras cidades, como de São Francisco – lá estivemos, eu e o vereador João Herbber Gomes de Brito.
O livro resultou de um trabalho exaustivo de pesquisa e entrevistas e, depois, da procura de quase cinco anos por um patrocinador. Enfim, a realização. Uma edição muito bonita, caprichada mesmo – 355 páginas, capa dura, formato 28 x 21, com ilustrações muito bonitas e históricas de todos os vapores que singraram as águas do São Francisco.
Uma obra que serve ao deleite da leitura, pela linguagem agradável, e à pesquisa, pelo rico conteúdo – a história da navegação no Rio São Francisco, o que é tão inerente à vida das populações ribeirinhas. As histórias que são contadas através das entrevistas dos vapozeiros levarão os mais antigos a empreenderem viagens que fizeram no passado e, com isso, a sonhar com seus passeios e aventuras. Levarão os jovens que não conheceram os vapores a aprenderem um pouco da história de sua civilização, de seus ancestrais.
O vale do São Francisco precisava de um livro de tamanho porte, mais pelo conteúdo. Por isso, foi o lançamento um acontecimento tão aguardado e festejado, um evento que, certamente, não será facilmente superado pelo valor literário e histórico.
Na noite de autógrafos, destacou-se a fala de Ivo das Chagas que escreveu o prefácio da obra. Ele passeou pelo mundo que nos é tão caro – o cerrado, “pai das águas” e veredas, “mãe das águas”, como ele, com tanta propriedade e inspiração batizou. Levou a todos a um belo passeio ao universo onde brota a água para alimentar o São Francisco, e o fez com muito amor e emoção. Falou das civilizações ribeirinhas e da sua formação, tudo ligado ao rio e, com ele e através dele, com a navegação. Ivo deu uma aula de universalidade do cerrado e recomendou: “Depois de ler o Rio São Francisco: Vapores & Vapozeiros, ninguém tem mais o direito de ignorar nosso rio, pois os segredos, as magias e os mistérios que o cercam, e nele se inserem, estão todos aqui magistralmente explicitados”.
E uma grata surpresa veio depois na fala do prefeito municipal de Pirapora que em sucinto comentário, falou da importância da obra para Pirapora e para todo o São Francisco. Ele foi além, no reconhecimento da importância da história e da cultura na vida de um povo: convidou os autores para escreverem a história de Pirapora para marcar o seu centenário, em 2012. Convidou-os para tratar com ele, em seu gabinete, o contrato para a realização do projeto. Aplausos!
Os amantes da cultura e da história, o cidadão que vê quão importante é preservar esses tesouros da civilização, vêem como é amplo o olhar do prefeito de Pirapora que, com tal interesse e comprometimento, estabelece uma ponte (que de fato existe, mas que para tantos administradores não é vista) entre os tempos atuais com fatos germinados nos primórdios da humanidade e que vêm sendo cultivados, civilização após civilização engrandecendo e enriquecendo-a.
Complementando:
No dia 9 o livro foi lançado em Belo Horizonte e foi um sucesso. Fiquei sabendo através do meu amigo Walter de Oliveira que teve a gentileza de me telefonar por volta das 23 horas para dar a notícia. Chegara da solenidade de lançamento e ficou encantado com a obra.
Aqui em São Francisco, quando apresentei o livro na reunião do Conselho Municipal de Cultura e Patrimônio Histórico, foi grande a emoção e muitos já manifestaram o desejo de ter, ao seu alcance a bela obra.
No embalo, lembrando a passagem do vapor Benjamim, recentemente, em nosso cais, marquei o fato com um pequeno poema., lembrado por minha filha Beatriz.
O BENJAMIM PASSOU
Ao mover a pá, deixando o cais,
Subiu uma espuma de água
Gotinhas soltas voltaram ao rio
Em forma de despedida e saudade
Saudades nos olhos de quem ficou
Estendendo o olhar ao vapor que partia
Prendendo no peito o apito da despedida
Tantos corações ele levou ao passado
Quantos sonhos foram revividos
Quantas fantasias criadas
Lá se foi o Benjamim como tantos
Que passaram por nossas vidas.
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