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terça-feira, 14 de setembro de 2010

ANIVERSÁRIO DE KEU

Preciso é um registro mais amplo da bonita festa que reuniu a família e um grande número de amigos de Keu na Pousada Peixe-Vivo, no sábado 28, para comemorar mais um aniversário dela.
Foi tudo muito espontâneo, bonito, cheio de cores, alegria e música, muita música, como ela tanto gosta e transpira. Começou com os amigos que vieram especialmente de Belo Horizonte, em ônibus especial. Duplas de violeiros e cantores solo. E teve uma apresentação muito especial dos Mensageiros da Emoção (Beatriz, Zeninha, Guilherme, André, Wendel e eu). Na sua forma habitual de se apresentar, os Mensageiros mesclam texto enfocando a vida do homenageado, no caso Keu, com músicas que fizeram (e fazem) parte de sua vida.

Foi tudo tão bonito e emocionante, com direito às lágrimas doces e felizes. Por isso, resolvi trazer para está página o texto escrito e apresentado. Complementando, algumas fotos do evento. É para aqueles que gostam muito de Keu e não puderam vir a São Francisco, aproveitando para deitar os olhos no pôr-do-sol e nas serenas águas do rio.

Mensageiros da Emoção

(Entrada com adaptação de música de Vinícius e Toquinho: Keu, não anda só; só anda em boa companhia...)



Não muito tempo foi passado, porque quando se cria laços as distâncias são encurtadas. Assim, em certo dia aqui chegou uma família, a Oliveira. Logo se destacou o guia, Zé da Pinga e, com ele dona Maria – duas criaturas de Deus de tão dóceis, amigos e felizes. Dois rapazes: Ailton e Valmir e duas meninas/moças, Milsa e, ela Creuza, a nossa querida de todos, Keu. Que bela era a sua alegria e do gostar logo da cidade e muito mais do seu rio o nosso São Francisco com suas belas águas.

MÚSICA: “As águas descem buscando o mar e o São Francisco vai descansar...
A menina/moça foi se entrosando e logo-logo seus olhos e o pulsar de sua sensibilidade bateram na Tia Cecy e passando por aquela generosa educadora mergulhou na alegria da meninada da Escolinha do Bom Menino e, daí a simbiose artística aconteceu. Era grande seu carinho por aquela Escolinha, o xodó de São Francisco naquelas décadas. Que prazer e orgulho de ensinar a meninada soltar a alma gentil cantando.

MÚSICA JOÃO DE BARRO – do tempo da Escolinha do Bom Menino

Keu chegou à escola Caio Martins através de várias portas – uma delas foi a música, encantada que era com o coral da escola. Mas teve passagem sentimental muito forte também, em cor grená – era a rainha do Estrela, time nascido na escola. Ela liderava o fã clube de jovens. Era o Estrela o time da juventude e, em seus jogos, ela vestia a camisa grená, amarrava na cabeça uma fita branca com uma estrelinha também grená e, na arquibancada, puxava o hino do clube. Amizade profunda porque nascida no sentimento da alma, com a música. E ela cantava todas as canções do coral com seu amigo Dirceu puxando no violão.

POUT POURRI – GRAÚNA, EMA E MINHA TERRA.

Keu parecia repetir duas belas lições da literatura internacional. Uma do filósofo Gibran, descrevendo a amizade como a onda que vem do alto mar, beija a praia e volta levando as saudades da areia e se faz um só corpo. Outra do Pequeno Príncipe de Exupéry – Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Eta raposa sabida. Meio a esse entrelaçamento eis que ocorre uma dádiva na vida de Keu, a vinda de dois grandes e preciosos presentes para enriquecer mais ainda sua vida – as filhas Mariana e Daniela. O que melhor que os filhos? E a vida foi continuando... continuando. Então, Keu, na sua vivência, foi formando laços, mais laços, fortes liames de teia que não se rompem. E fazia de sua vida e de seus amigos, um de bem permanente, somando alegria e muito amor no coração e isto acabava despejando em noites de luar – e até sem lua – em memoráveis serenatas.

LINDA FLOR E HOJE QUE A NOITE ESTÁ CALMA.

Não ficava só na alegria. Ela tinha também o que fazer, oxente! Aí lhe tocou o tino comercial, talvez puxado do seu Zé. Como tinha o gosto pela música, do mesmo modo os seus manos, deu de presente para São Francisco um mimo para alegrar as noites com arte diversa – o Cantigas Bar. Que maravilha os saraus de artistas da terra e convidados, alegrando o público. Keu, naquele mundo encantado quase sempre se esquecia do seu lado empresarial e assumia o microfone desfilando belas e inspiradas canções com sua voz morna e romântica.

MÚSICA: SANDUICHE DE GENTE

A vida tem seu dinamismo, natural mutação comum aos bichos viventes. Vêm as mudanças. Umas boas, outras não. A não boa, de fazer correr água dos olhos, foi acompanhar o seu aceno de adeus. Adeus, rio; adeus, casario antigo; adeus serestas ... até logo amigos E aí veio o choro comprido, explodido aos cântaros. Quanta gente chorou já sentindo a saudade antecipada pela grande amiga Keu.. Ah! Doeu... como doeu!

MÚSICAS: CUITELINHO/ CHORAVA TODO MUNDO, MAS AGORA NINGUÉM CHORA MAIS

Agora, ninguém chora mais...

Ora, gente. Logo se viu e no peito sentiu, que tudo não passou de questão física, do dia a dia, porque a amizade mais profunda, o que se tornou, na turma toda coisa de coração uno, fez com que Keu fosse permanência. Ela nunca foi. Ficou. É nossa. Ninguém chora mais. Festeja. A cada tempinho temos motivos para deixar rebentar a alegria, como rebentam as águas do São Francisco fazendo canção nas pedras do cais. E então tudo se repete. Vira festa, rodadas de viola varando noite, comendo peixe frito e tomando cerveja.

MÚSICA: SAPATO VELHO

Senhoras e senhores, meninos e meninas. Eia Rio São Francisco. Assunta. Quieto aí angico branco sombreiro e testemunha de nossa alegria. Agora, aqui em nosso palco coração, chamamos a razão de nosso querer mor.

O ANIVERSÁRIO DE KEU

MÚSICA: FLOR MINHA FLOR (do Grupo Galpão)

Keu, viu só o que você faz no coração da gente? Mira só o brilho dos nossos olhos, o encantamento de nossas vozes e o bater de nossos corações. Viu o que se constrói com a força, a suavidade, a doçura e a beleza da amizade? Vamos repetir, mais uma vez, o Pequeno Príncipe para lembrar e mostrar quanta gente você cativou e, por isso, com eles tem compromisso de amizade e amor eterno.

Oiá aí, gente, neste momento chegamos ao final desta função de alegria e amor. Preciso é que isso aconteça com maior emoção ainda. Então, vamos todos, todos juntos cantar e mostrar, com as cordas do nosso coração que,

KEU NÃO ANDA SÓ!






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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

VISITA A UM PARAÍSO VIRGINAL



O Comitê da Bacia Hidrográfica SF9 – Afluentes Mineiros do Médio São Francisco reuniu-se, no dia 31 de agosto no município de Bonito de Minas. Os conselheiros tiveram uma calorosa acolhida no plenário da Câmara Municipal, quando foram saudados pelo prefeito municipal José Raimundo Viana na abertura dos trabalhos e pela vice-prefeita Vânia Carneiro. O plenário estava repleto com o público formado por presidentes de entidades locais e estudantes, somando com os conselheiros na discussão de importantes temas ligados aos recursos hídricos e à revitalização do Rio São Francisco.
No segundo momento, foi oferecido um especial almoço aos conselheiros, tendo como prato principal um dourado assado com arroz de barriga, da arte culinária de Miguel - iguaria de primeira, mesmo sabendo que a especialidade local, na culinária, é a paçoca de carne seca. O almoço foi servido na secretaria municipal de Educação, estando à frente o próprio secretário municipal de Educação.
Terceiro momento: visita ao balneário do Catulé. Se todos estavam felizes com a recepção que fora feita ao CBHSF9, ali, às margens do Catulé, os conselheiros se sentiram muito melhor à beira de um paraíso. O rio vem do alto, nascido em diversas locas aos pés de buritis, descendo dali abrindo caminho entre pedras, deslizando-se sobre lajes acinzentadas, rolando seixos brilhantes, fazendo dançar algas verdes e vermelhas, folhagens de samambaias e beijando, aqui e acolá, troncos de buritis. É uma pena que às imagens não foi possível juntar a cantiga do rio. A mais pura canção da natureza. Vejam as fotos solfejando a canção Chuá, chuá – vai dar para sentir mais o encanto.
O Catulé se encontra em estado virginal, com fartas águas numa estação do ano (agosto/setembro) em que tantas outras fontes da região estão secas e que, cortando o cerrado não têm os olhos a graça do verde. Contemple-se ali uma visão do éden em um mundo de sequidão.
Bonito de Minas nos dá um bonito exemplo de como conservar, preservar e respeitar a natureza. O que se faz no mundo, destruindo a Terra, muitas vezes por ganância, tem ali um modelo de uma vida mais saudável e de boa relação entre o homem e a natureza. É possível sim alcançar o desenvolvimento sem destruir o meio ambiente.
Bonito de Minas é bonito de se ver... e ficar!


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