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sábado, 16 de janeiro de 2010

PEQUENA CRÔNICA PARA UM ANJO

JNM

ZILDA ARNS - ser iluminado que se encantou e voltou ao pai, mas que nos deixou um rastro de luz. Ela nos deu a lição, através dos atos, como enfrentar as questões dos direitos humanos – dando, em primeiro lugar, dignidade e respeito ao ser humano, no caso dela as crianças. Não se valeu de proselitismo, de teses, de decretos, de falácia e de vitrine política para tratar dos direitos humanos. Ela tomou o evangelho (a multiplicação dos pães) como paradigma de sua missão no combate à destuntrição infantil, com o que socorre famílias carentes. De uma pequena célula levou, depois, a esperança a todos os cantos do Brasil e, na sua sacrossanta missão, formou uma legião de mais de 250 mil anjos.
Amor, solidariedade, respeito humano, carinho, tantos adjetivos que colocaram esse anjo perto de Deus e que levou conforto, paz e a vida a tantos lares. Ela não teorizava, não escrevia planos (decretos) mirabolantes para tratar dos direitos humanos – pegava as ferramentas que dispunha – coração, mãos e muito amor – e ia diretamente à luta, fazendo. Se falava, tinha como preocupação multiplicar as informações, o que registramos aqui em nossa São Francisco, nos bairros pobres, onde foi plantada a dadivosa semente da Pastoral da Criança, que vicejou com toda pujança. Não ficou no alardear direitos humanos – ela os realizou plenamente.
Um anjo formidável que com sua legião de anjos mudou a vida de milhões de crianças no Brasil, servindo de exemplo para o mundo, onde conquistou respeito e admiração. E foi por isso que com sua imensa generosidade, quis, ainda inspirada no mesmo evangelho que tomou como orientação, visitar e levar a esperança aos povos pobres de outros paises. E foi lá, no meio de gente humilde e carente, que teve a vida terrena sacada no terrível terremoto que abalou e destruiu o Haiti.
O anjo Zilda nos deixou apenas fisicamente. É de se lembrar o que pregou o irmão dela, Dom. Paulo Evaristo Arns, a respeito do encantamento dela: “Não é hora de perder a esperança”. É preciso guardar (e ficar) dela uma imagem, em luz, em exemplo de entrega ao irmão, de desmedido amor para que seja possível continuar iluminando as trevas que vêm tomando conta do nosso país com os desditosos e mafiosos políticos que falam muito em direitos humanos, mas delapidam muito mais o pobre e sofrido povo brasileiro e com os gananciosos que destróiam nossa natureza para saciar sua desmensurada ganância..
Zilda Arns estará sempre no meio do povo brasileiro, assim como Cristo permanece no meio de nós, ainda que muitas vezes esquecido naquilo que veio ensinar. Sim, “não é hora de perder a esperança”.

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Um comentário:

  1. Justa e merecida homenagem a ZILDA ARNS, mas gostaria de tomar a liberdade, de fazer coro a muitas pessoas espalhadas por esse nosso país, que ao longo de muitos anos dentro das Escolas Caio Martins, foram ajudadas por você e sua esposa através dos bons conselhos, de vários tipos de ajuda humanitária e material. Nunca deixaram o interno sentir o vazio da vida familiar nos mantendo numa vida de muita alegria, retidão, carinho; verdadeiro amor de pai e mãe.Eu sei que a bondade continua, seja na sua porta, na rua ou no asilo, por isso nossa homenagem a ZILDA ARNS mas a voces também.

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